sexta-feira, 4 de setembro de 2020

HÁ METADES ETERNAS?


HÁ METADES ETERNAS?


A Doutrina Espírita vêm esclarecer-nos a este respeito.

Para nossa reflexão, transcrevemos excerto de "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec:

"298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do universo, sua metade, a que fatalmente um dia reunirá?"

“ - Não; não há união particular e fatal de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”

"299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?

"- A expressão é inexata. Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.”

"300. Se dois Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?"

“ - Todos os Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.”

"301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou a simpatia entre eles existente é resultado de identidade perfeita?"

“ - A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade.”

"302. A identidade necessária à existência da simpatia perfeita apenas consiste na analogia dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?"

“ - Na igualdade dos graus de elevação.”

"303. Podem tornar-se de futuro simpáticos Espíritos que presentemente não o são?"

“- Todos o serão. Um Espírito que hoje está numa esfera inferior ascenderá, aperfeiçoando-se, à em que se acha um outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o encontro dos dois, se o mais elevado, por suportar mal as provas a que esteja submetido, permanecer estacionário.”

"a) – Podem deixar de ser simpáticos um ao outro dois Espíritos que agora o sejam?"

“ - Certamente, se um deles for preguiçoso.”

"A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto à ordem mais elevada os Espíritos que a empregaram. Sendo necessariamente limitado o campo de suas ideias, hão podido exprimir seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a ideia de que existam Espíritos criados um para o outro, e que deverão fatalmente reunir-se um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo mais ou menos longo."

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