quinta-feira, 24 de setembro de 2020

APÓS A MORTE, OS ESPÍRITOS MANTÉM AS MESMAS OPINIÕES QUE TINHAM NA TERRA?


APÓS A MORTE, OS ESPÍRITOS MANTÉM AS MESMAS OPINIÕES QUE TINHAM NA TERRA?


Quando alguém desencarna, não raras vezes, alguns familiares, amigos ou conhecidos que ficam, tentam agir de acordo com o entendimento que conheceram ao seu ente querido. Se este último era apologista de determinadas práticas, os que permanecem no palco da vida, prosseguem, adotando essas condutas, acreditando estarem a honrar e respeitar o que conheceram como a sua vontade.

A despeito do carinho que devemos conservar em relação aos nossos amores que nos precederam, porventura eles não evoluirão? Será que, uma vez chegados ao plano espiritual, estagnam no entendimento e nas visões que tinham relativamente a assuntos diversos, como se tudo neles se limitasse a essa existência?

“[Após a desencarnação] Aquele que já está purificado, reconhece-se quase imediatamente, pois que se libertou da matéria antes que cessasse a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão da matéria.”

“O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec – Segunda Parte, Capítulo III, “Regresso da vida corporal à vida espiritual”, Q. 164

A partir do momento em que o Espírito recupera a consciência de si, resgata, gradualmente, a consciência não só de quem está como também de quem foi, outrora, em existências anteriores.

Vai percepcionando melhor todas as suas capacidades e tudo o que o rodeia.

Então, observa o que ficou, na Terra, com uma visão mais ampla e mais abrangente.

Aquilo que, na encarnação, era a sua opinião, não raras vezes, altera-se uma vez que o seu entendimento acompanha a Lei do Progresso e o Espírito vai adquirindo um maior esclarecimento.

Ajamos da melhor forma que nos for possível pois quem nos ama, independentemente do local e condição em que se encontra, quer que sigamos o caminho mais apropriado para o nosso reequilíbrio.

Acresce que adoptar comportamentos ou tomar decisões que nos parecem de acordo com o que um ser amado pensou, quando aqui caminhava connosco, pode constituir inquietação para este, exatamente pelo facto de que ele mesmo, neste novo entendimento, já não agiria ou decidiria dessa assim.

Reflitamos a este respeito.

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