DONS:
DIGNIDADE E INDIGNIDADE MORAL
No item 226, de "O Livro dos Médiuns", Allan Kardec fala-nos na mediunidade, enquanto dom de Deus, e questiona acerca de ser esta concedida a homens de bem, mas também a pessoas que se revelam indignas de usá-la.
Em boa verdade, isto acontece com outros dons de Deus. Afinal, a dignidade moral revela-se em todas as circunstâncias da nossa vida.
Reflitamos no que nos é dito, a este respeito:
"2a) Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e por que se veem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal?
“Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que concede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele tivesse esse dom, para mais odiosa tornar aos seus próprios olhos a traição que praticou.”
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