CONHECI O ESPIRITISMO, MAS SERÁ QUE O DEIXEI ENTRAR EM MIM?
Corria o ano de 1863(Julho), quando Allan Kardec inseriu na "Revista Espírita", uma carta que lhe foi dirigida e que abaixo transcrevemos, para reflexão de todos nós:
"Ao Sr. Presidente da Sociedade de Estudos Espíritas de Paris."
“Senhor,
“Ser-me-ia permitido aspirar a ser admitido como membro da ilustre Sociedade que presidis?
“Também tive a felicidade de conhecer o Espiritismo e de experimentar, em toda a sua plenitude, a sua benéfica influência. Há tempo eu era vítima de sofrimentos físicos, e consequentemente do sofrimento moral que naturalmente deles decorre quando o pensamento não vê como compensação senão a dúvida e a incerteza. "O Livro dos Espíritos" entrou em minha casa como o salvador cuja mão benfeitora nos tira do abismo, como o médico que cura instantaneamente.
“Li e compreendi, e logo o sofrimento moral deu lugar a uma imensa felicidade, ante a qual morreu o sofrimento físico, porque, desde então, não mais o vejo senão como efeito da vontade e da sabedoria divinas, que só nos envia males para nosso maior bem.
“Sob a influência dessa crença benéfica, meu estado físico já melhorou sensivelmente, e espero que Deus complete sua obra, porque se hoje desejo o restabelecimento da saúde, não é mais, como outrora, para gozar a vida, mas para consagrá-la unicamente ao bem, isto é, para empregá-la exclusivamente em marchar para o futuro, trabalhando com ardor e por todos os meios ao meu alcance, para o bem de meus semelhantes e, particularmente, dedicando-me à propagação da sublime doutrina que Deus, em sua bondade infinita, envia à pobre Humanidade para regenerá-la.
“Glória seja rendida a Deus pela divina luz que, em sua misericórdia, se dignou enviar às suas criaturas cegas! E graças vos sejam dadas, senhor, a quem ele escolheu para lhes trazer o facho sagrado!
“Senhor, se vos dignardes acolher o meu pedido, eu vos serei profundamente reconhecido por sua transmissão aos vossos honrados colegas. Não tenho a honra de ser vosso conhecido pessoalmente, pois meu estado de saúde sempre me impediu de vos visitar. Mas meu amigo Sr. Canu, vosso colega, poderá responder por mim.
“Recebei, senhor e caro mestre, o preito de meus respeitosos sentimentos e de meu sincero devotamento.”
HERMANN HOBACH
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