terça-feira, 6 de outubro de 2020

DEVO FAZER REGRESSÃO DE MEMÓRIA?

DEVO FAZER REGRESSÃO DE MEMÓRIA?


Uma das premissas do Espiritismo é o facto de não impor obrigações ao homem.
A Doutrina Espírita mostra-nos a nossa verdadeira realidade enquanto Espíritos Imortais, ajuda-nos com o roteiro de vida que nos oferece, mas a nada nos obriga.
Através do uso do livre-arbítrio, que a Doutrina dos Espíritos nos explica, temos a possibilidade de fazer as nossas escolhas.
O conhecimento do nosso passado suscita-nos, muitas vezes, a curiosidade de podermos conhecê-lo, até por acreditarmos que, através dele, perceberemos melhor o presente.
Devido a isso, alguns recorrem à regressão de memória.
O Espiritismo é categórico, também, quanto a essa prática e explica-nos a razão pela qual somos auxiliados com a benção do esquecimento do passado.

“Havendo Deus entendido lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.”

“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec – Capítulo V “Bem-Aventurados os Aflitos”, Item 11 «Esquecimento do Passado»

Quantas vezes tentamos acertar o passo com alguém com quem outrora tivemos equívocos. Se a recordação desses tempos de dificuldades estivesse presente em nós e nos restantes envolvidos, haveria obstáculos acrescidos para que um dos princípios da reencarnação vingasse: amarmo-nos verdadeiramente.

A título de exemplo, um pai e um filho que soubessem que, no passado, se tinham odiado, muito provavelmente, num momento de discórdia, iriam acusar-se mutuamente, recordando as posições e atitudes transatas.
Desta forma, como é que o amor conseguiria vingar?

Já encontramos tantas formas de criar equívocos uns com os outros! Esta seria mais uma.

Que Jesus nos ajude a sermos resignados à Sua vontade que, em tudo, é sábia e, geralmente, tempos depois, consideramos que, na verdade, Deus estava certo ao impedir-nos de seguirmos pelo caminho que tanto almejávamos.
Saibamos escolher, mas aceitemos os desígnios de Deus com tudo o que faz providencialmente.

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