MEIMEI E ARNALDO ROCHA
Irma de Castro Rocha teve uma curta existência nesta encarnação em que a conhecemos por Meimei.
"A sua infância foi a de uma criança pobre, mas era extremamente modesta e de espírito elevado. Desde criança, era diferente de todos pela sua beleza física e por sua inteligência notável. Era alegre, comunicativa, espirituosa, espontânea e cativava a todos que com que convivia.
Irma cursou com facilidade o ensino primário, matriculando-se, para dar sequência aos seus estudos, na Escola Normal de Itaúna (atual Colégio Estadual). Sua vida seria marcada pela moléstia que sempre a perseguia desde a infância (nefrite crônica), que se manifestou mais acentuadamente na época em que cursava com brilhantismo o 2º Ano Normal. Era considerada a primeira aluna da classe, mas teve que abandonar os estudos. Muito inteligente e ávida de conhecimentos, foi apurando sua cultura através de boa leitura, importante fonte de refinamento do seu espírito.
Na flor de seus 17 anos, Irma de Castro tornou-se uma bela morena clara, alta, com 1,70m de altura e cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Aos 20 anos, mudou-se com sua irmã Alaíde para Belo Horizonte. Foi onde conheceu Arnaldo Rocha (então ateu), de quem se tornou grande amiga e, no futuro, esposa."
Conheceu atrozes sofrimentos na área da saúde, que culminaram na sua desencarnação.
Por este motivo, Meimei foi casada por muito pouco tempo com Arnaldo Rocha, mas o casamento de ambos foi construído com bases de um profundo amor.
Arnaldo Rocha, tratava-a por Meimei. Este nome, surgiu a partir da leitura que o casal fez do livro “Momentos em Pequim”, do filósofo Lyn Yutang. No glossário da obra, eles encontram o significado da palavra Meimei – que significa “a noiva bem amada”.
A partir desse momento, Rocha chamava Irma pelo nome atrás referido, mas ninguém a conhecia por esse nome.
Meimei desencarnou, aos 24 anos.
Quando alguém parte para o plano espiritual, principalmente de forma precoce, perguntamos frequentemente:
E os que ficaram no palco da vida, como prosseguem?
Neste caso concreto, como é que Arnaldo Rocha prosseguiu o seu caminho?
Arnaldo Rocha, amparado por Meimei (no plano espiritual) e Francisco Cândido Xavier (no plano físico), saiu da incredulidade e marchou rumo a Jesus, ancorado na Doutrina Espírita.
"Arnaldo Rocha, depois de ficar viúvo, continuava a não acreditar em Deus. Foi convidado a uma sessão espírita a que compareceu com muito esforço e descrença. Ao retornar, sua mãe lhe emprestou “O Livro dos Espíritos”, que leu desordenada e desatenciosamente. Seu irmão deu-lhe o livro “O Problema do Ser do Destino e da Dor”, de Léon Denis, que leu em conjunto com o livro de sua mãe. Passou a se interessar pelos temas, sem, no entanto acreditar em Deus.
Passando a viajar permanentemente a Pedro Leopoldo, berço da simplicidade da família Xavier, recebeu de Meimei, sua querida esposa, as mais belas missivas através da psicografia e da clarividência de Chico Xavier. Arnaldo tornou-se espírita e fundou o Centro Espírita Meimei.
Trabalhador e conselheiro da União Espírita Mineira desde 1946, Arnaldo Rocha foi inseparável amigo de Chico Xavier. Organizador dos livros “Instruções Psicofônicas” e “Vozes do Grande Além” (FEB), e coautor do livro “Chico, Diálogos e Recordações” (UEM)."
Toda esta mudança de conduta de Arnaldo Rocha, bem como todo o trabalho que realizou no seio do Espiritismo, contribuiu para que outros se aproximassem da Doutrina Espírita e também eles modificaram os seus caminhos para melhor.
Endireitou o seu caminho, uma vez que se encaminhou para os valores imperecíveis, mas consigo levou também aqueles que, pelo seu exemplo arrastou.
Podemos, assim, dizer que Arnaldo endireitou muitos caminhos, entre eles o dele.
Tudo isto também significa que nunca estamos sós nem distantes dos que nos assistem, em cada momento da nossa existência, num primeiro momento para que nos ajustemos ao caminho reto e a partir daí para que não o abandonemos e nem mesmo o protelemos.
“Se Deus permite que o véu seja levantado mais cedo para alguns, não é para que esse conhecimento fique estéril em suas mãos, mas para que, pioneiros infatigáveis, eles desbravem as terras incultas.”
“Revista Espírita”, Allan Kardec – Fevereiro de 1868
O caso de Arnaldo Rocha é um caso no meio de tantos outros que podemos aqui trazer, para falar do propósito maior da nossa existência: a elevação do Espírito.
Através do nosso exemplo, divulgamos uma mensagem. Que essa mensagem possa ser de esperança e retidão.
“O Espiritismo é essa voz poderosa que já repercute até as extremidades da Terra; todos a entenderão.”
“Revista Espírita”, Allan Kardec – Fevereiro de 1868 - João Evangelista
Cada virtude que adquirimos tem repercursões em todos aqueles que connosco se relacionam.
Quando um de nós muda de rumo, altera tantas outras vidas. Essa é uma responsabilidade que estamos a aprender.
“O Espiritismo marca a hora solene do despertamento das inteligências, tendo usado de seu livre-arbítrio para se demorar nos caminhos pantanosos.”
“Revista Espírita”, Allan Kardec – Fevereiro de 1868
Será a nossa persistência nesse novo caminho que irá revelar a direção que já estamos a tomar.
Fontes:
- "Revista Espírita", Allan Kardec;
- "Boa Nova", site;
- "FEB", site.
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