domingo, 16 de maio de 2021

DA INCREDULIDADE À SALVAÇÃO: UM TESTEMUNHO

DA INCREDULIDADE À SALVAÇÃO: UM TESTEMUNHO

Muitos iniciam o seu caminho em nada crendo mas, não raras vezes, Deus, através da vida, ajuda-os a ponderar o rumo e os ideais.
Vejamos um exemplo desses.
"Caro senhor Allan Kardec, permiti que um Espírito que os vossos estudos levaram a considerar a existência, o ser e Deus sob seu verdadeiro ponto de vista vos testemunhe o seu reconhecimento. Nesta Terra, ignorei vosso nome e os vossos trabalhos. Talvez se me tivessem falado de um e dos outros, eu tivesse exercido a seu respeito a minha veia trocista, como costumava, em todas as coisas tendentes a provar a existência de um espírito distinto do corpo. Então eu era cego. Perdoai-me. Hoje, graças a vós, graças aos ensinamentos que os Espíritos espalharam e vulgarizaram por vossa mão, sou um outro ser, tenho consciência de mim mesmo, e vejo o meu destino. Quanto reconhecimento não vos devo, a vós e ao Espiritismo!!! ─ Quem quer que me tenha conhecido e leia hoje o que é a expressão do meu pensamento exclamará: “Este não pode ser aquele que conhecemos, aquele materialista radical que nada admitia fora dos fenômenos brutos da Natureza.” Sem dúvida; entretanto, sou eu mesmo.
(...) quão longas são as horas de sofrimento resultantes da inconsciência da própria existência!!! Eu acreditava no nada e fui punido por um nada fictício. Sentir-se e não poder manifestar-se; julgar-se disseminado em todos os restos esparsos da matéria que forma o corpo, tal foi minha posição durante mais de dois meses!... dois séculos!... Ah! As horas do sofrimento são longas e se não se tivessem ocupado em me tirar dessa má atmosfera de niilismo, se não me tivessem constrangido a vir a estas reuniões de paz e de amor, onde eu não compreendia, não via e nada entendia, mas onde fluidos simpáticos agiam sobre mim e me despertavam pouco a pouco de meu pesado torpor espiritual, onde estaria eu ainda? Meu Deus!... Deus!... Que doce nome a pronunciar por quem foi por tanto tempo obstinado em negar esse pai tão grande e tão bom!
(...) Agradeço penhoradamente a todos aqueles que adquiriram direitos eternos ao meu reconhecimento, tirando-me do caos onde eu havia caído, e vos peço, meus amigos, a bondade de me permitir vir assistir em silêncio às vossas sábias assembleias, mais tarde pondo minhas fracas luzes científicas à vossa disposição."
M... L...
"Revista Espírita", Allan Kardec - Dezembro de 1865

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