sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Feliz 2022!


"A vós, caros espíritas, irmãos e irmãs conhecidos e desconhecidos, eu vos desejo particularmente um ano feliz, porque recebestes de Deus, para a vossa peregrinação terrena, um grande apoio no Espiritismo. A religião a todos veio trazer a fé, e bem-aventurados os que a conservaram."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Fevereiro de 1868

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Feliz Natal - 2021


“A criança que nasceu em Belém, na noite tradicionalmente fixada como a do Natal, é o mais elevado espírito que já passou pela Terra, no cumprimento da mais pura e mais alta de todas as missões. Criatura divina, porque superava, em sua elevação espiritual, a condição humana, mas jamais o próprio Deus. Nem mesmo os descrentes podem negar isso, quando examinam a mensagem superior que Jesus nos trouxe, o exemplo que nos deu e as consequências da sua passagem entre nós. Ninguém jamais produziu tamanha transformação no mundo, continuando a operar no coração dos homens, no sentido de uma revolução cada vez mais profunda.”

“Os três caminhos de Hécate”, José Herculano Pires

domingo, 19 de dezembro de 2021

"Não basta dizer-se espírita..."


"Não basta dizer-se espírita; aquele que o é de coração o prova por seus atos."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Janeiro de 1867

sábado, 11 de dezembro de 2021

"Ditosos aqueles que..."

"Ditosos aqueles que, na adversidade, tiverem mantido a sua firmeza."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Outubro de 1866

sábado, 4 de dezembro de 2021

"Nas aflições, a prece é não apenas..."

"Nas aflições, a prece é não apenas uma prova de confiança e de submissão à vontade de Deus, que a escuta, se for pura e desinteressada, mas ainda tem por efeito, como sabeis, estabelecer uma corrente fluídica que leva para longe, no espaço, o pensamento do aflito, como o ar leva o som de sua voz. Esse pensamento repercute nos corações simpáticos ao sofrimento e estes, por um movimento inconsciente e como atraídos por um poder magnético, se dirigem para o lugar onde sua presença pode ser útil."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Maio de 1866

domingo, 28 de novembro de 2021

"Quando tantas esperanças apenas se querem espalhar..."

"Quando tantas esperanças apenas se querem espalhar, quando tantas outras regiões estão, numa prostração mortal, queiramos que, em todos os corações, em todos os recantos perdidos deste mundo, penetre O Livro dos Espíritos. A doutrina que ele encerra é a única que pode mudar o espírito das populações, arrancando-as à pressão absurda dos que ignoram as grandes leis da erraticidade, e que querem imobilizar a crença humana num dédalo onde eles próprios têm tanto trabalho em se reconhecer. Trabalhemos, pois, todos com ardor nesta renovação desejada que deve derrubar todas as barreiras e criar o fim prometido à geração que em breve virá."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Maio de 1866

domingo, 21 de novembro de 2021

"Fortalecei-vos nos princípios da Doutrina..."

"Fortalecei-vos nos princípios da Doutrina e deles penetrai-vos cada vez mais; alargai as vossas vistas; elevai-vos pelo pensamento acima do círculo limitado do presente, de maneira a abarcar o horizonte do infinito; considerai o futuro, e então a vida presente, com seu cortejo de misérias e decepções, vos parecerá um ponto imperceptível, como um minuto doloroso que em breve não deixará mais traços na lembrança; as preocupações materiais parecerão mesquinhas e pueris, ao lado dos esplendores da imensidade."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Janeiro de 1867

domingo, 14 de novembro de 2021

"Coragem..."

"Coragem, pois! Ó vós que viveis humildemente, trabalhando pela vossa melhoria íntima, Deus vos sorri..."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Abril de 1867

domingo, 7 de novembro de 2021

"O Espiritismo..."

"O Espiritismo (...) vem instruir e moralizar todos esses pobres deserdados da vida espiritual que, só vendo a matéria, esqueciam que o homem não vive só de pão."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Fevereiro de 1867

domingo, 31 de outubro de 2021

"Quantas pessoas repelem as crenças espíritas..."

"Quantas pessoas repelem as crenças espíritas, não pelo temor de se tornarem perfeitas, mas simplesmente pelo de serem conduzidas a emendar-se."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1866

domingo, 24 de outubro de 2021

"Os velhos são vossos pais..."

"Os velhos são vossos pais, como as coisas velhas foram precursoras das coisas novas. Nada envelhece, e se faltais a esse princípio em relação a tudo o que é venerável, faltais ao vosso dever, mentis à doutrina que professais."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1867

domingo, 17 de outubro de 2021

"O Espiritismo bem compreendido é para a vida da alma..."

"O Espiritismo bem compreendido é para a vida da alma o que o trabalho material é para a vida do corpo. Ocupai-vos dele com esse objetivo, e ficai certos de que quando tiverdes feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para melhorar a vossa existência material, terás dado um grande passo para a humanidade."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1867

domingo, 10 de outubro de 2021

"Pode-se ter muita inteligência..."

"Pode-se ter muita inteligência, até instrução, e carecer de bom senso; ora, o primeiro indício da falta de bom senso é acreditar que o seu é infalível."

"O Livro dos Espíritos", Allan Kardec

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

"Não sabeis ser sábios..."

"Não sabeis ser sábios se não souberdes elevar-vos acima da maldade dos homens."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1867

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

"A bondade de Deus é infinita..."

"A bondade de Deus é infinita; ela ultrapassa a indiferença e a ingratidão de seus filhos, e é por isto que lhes envia mensageiros divinos, que lhes vêm lembrar que Deus não os criou para a Terra, onde eles estão apenas por algum tempo, a fim de que, pelo trabalho, desenvolvam as qualidades depositadas em germe em sua alma e que, cidadãos dos céus, não devem comprazer-se numa estação inferior à sua ignorância, onde só as suas faltas os retêm."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Fevereiro de 1867

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

"Enquanto o homem superficial..."

"Enquanto o homem superficial não vê numa flor senão uma forma elegante, o sábio descobre nela tesouros para o pensamento."

"O Livro dos Espíritos", Allan Kardec

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

"É nas grandes provas que se revelam as grandes almas..."

"É nas grandes provas que se revelam as grandes almas; é também então que se revelam os corações verdadeiramente espíritas, pela coragem, pela resignação, pelo devotamento, pela abnegação e pela caridade sob todas as suas formas, de que dão exemplo."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Janeiro de 1867

terça-feira, 7 de setembro de 2021

"Felizes os que colherem na sinceridade de sua fé..."

"Felizes os que colherem na sinceridade de sua fé a força de que necessitarão. Esses bendirão a Deus por lhes ter dado a luz; reconhecerão sua sabedoria nas suas vistas insondáveis e nos meios, sejam quais forem, que ele emprega para sua realização. Eles marcharão através dos escolhos com a serenidade, a firmeza e a confiança que dá a certeza de atingir o porto, sem se deter nas pedras que ferem os pés."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Janeiro de 1867

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

"Nem sempre a vitória é do mais apressado..."

"Nem sempre a vitória é do mais apressado, mas com muito mais probabilidade daquele que sabe esperar o momento propício. Há resultados que não podem ser senão obra do tempo."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Julho de 1866

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

"Quando todos os homens estiverem convencidos..."

"Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que o mal vem dos homens e não Dele, olhar-se-ão como filhos de um mesmo pai e se darão as mãos."

"A Génese", Allan Kardec

sábado, 21 de agosto de 2021

"Nenhuma emanação fluídica..."

"Nenhuma emanação fluídica, boa ou má, escapa do coração ou do cérebro do homem sem deixar uma marca em algum lugar."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Maio de 1866

sábado, 14 de agosto de 2021

"Que todos os corações..."

"Que todos os corações elevem seus pensamentos para as tristes vítimas da sociedade imprevidente, e que se esforcem por encontrar uma boa solução para as salvar de suas misérias. Deus quer que se tente, e dá os meios de o alcançar; é preciso agir. Triunfa-se quando se tem fé, e a fé transporta montanhas."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Julho de 1866

domingo, 8 de agosto de 2021

"Cada luta enfrentada corajosamente sob o olhar de Deus..."

"Cada luta enfrentada corajosamente sob o olhar de Deus é uma prece fervorosa, que sobe a ele como o incenso puro e de odor agradável. Se bastasse formular palavras para se dirigir a Deus, os inoperantes apenas teriam que tomar um livro de preces para satisfazer a obrigação de orar. O trabalho, a atividade da alma, é a única boa prece que a purifica e a faz crescer."

Fénelon, em "Revista Espírita", Allan Kardec - Janeiro de 1865

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

"Não basta que uma ideia seja grande..."

"Não basta que uma ideia seja grande, bela e generosa; antes de tudo é preciso que seja exequível."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Julho de 1866

terça-feira, 27 de julho de 2021

"Os homens são os instrumentos..."

"Os homens são os instrumentos inconscientes dos desígnios da Providência. É por eles que ela os realiza, sem que haja necessidade de recorrer a prodígios. Basta a mão invisível que os dirige e nada sai da ordem das coisas naturais."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Junho de 1866

terça-feira, 20 de julho de 2021

"Se vossa vida for um belo modelo em que..."

"Se vossa vida for um belo modelo em que cada um possa achar bons exemplos e sólidas virtudes, onde a dignidade se alia a uma graciosa amenidade, rejubilai-vos, porque tereis compreendido, pelo menos em parte, a que obriga o Espiritismo."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Maio de 1866

sexta-feira, 16 de julho de 2021

"Feliz aquele cujos sentimentos..."

"Feliz aquele cujos sentimentos partem de um coração puro. Ele espalha em seu redor uma suave atmosfera que faz amar a virtude e atrai os bons Espíritos; seu poder de radiação é tanto maior quando mais humilde for, e consequentemente mais desprendido das influências materiais que atraem a alma e a impedem de progredir."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Maio de 1866

sexta-feira, 9 de julho de 2021

LIBERDADE

LIBERDADE

Tema inserido por Allan Kardec, na obra "O Livro dos Espíritos":
"825. Haverá no mundo posições em que o homem possa jactar-se de gozar de absoluta liberdade?
“Não, porque todos precisais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes.”
826. Em que condições poderia o homem gozar de absoluta liberdade?
“Nas do eremita no deserto. Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar; não mais, portanto, qualquer deles goza de liberdade absoluta.”
827. A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o de pertencer-se a si mesmo?
“De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da natureza.”
828. Como se podem conciliar as opiniões liberais de certos homens com o despotismo que costumam exercer no seu lar e sobre os seus subordinados?
“Eles têm a compreensão da lei natural, mas contrabalançada pelo orgulho e pelo egoísmo. Quando não representam calculadamente uma comédia, sustentando princípios liberais, compreendem como as coisas devem ser, mas não as fazem assim.”
a) — Ser-lhes-ão, na outra vida, levados em conta os princípios que professaram neste mundo?
“Quanto mais inteligência tem o homem para compreender um princípio, tanto menos escusável é de o não aplicar a si mesmo. Em verdade vos digo que o homem simples, porém sincero, está mais adiantado no caminho de Deus, do que um que pretenda parecer o que não é.”

"Todos devem pôr a mão na obra e trazer..."

"Todos devem pôr a mão na obra e trazer o seu óbolo para a regeneração da Humanidade."

"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1866

quinta-feira, 8 de julho de 2021

DEVEMOS ORAR PELOS QUE PRATICAM O MAL?

DEVEMOS ORAR PELOS QUE PRATICAM O MAL?

Tema inserido na obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec:
“Perguntamos se é lógico, é caridoso, é cristão não orar pelos condenados?
Lembrei-vos de que entre os condenados pode estar uma pessoa que vos foi querida, um amigo, talvez um pai, uma mãe ou um filho, e, só porque alguns pensam que ele não poderá ser perdoado, acaso lhe recusarieis um copo de água para matar a sede? O remédio para curar as duas feridas?
Negando-lhe tudo isso não serieis cristão. Deus coloca em primeiro lugar os deveres do amor ao próximo.”

quarta-feira, 7 de julho de 2021

FATALIDADE E PRESSENTIMENTOS

FATALIDADE E PRESSENTIMENTOS

Hoje, vamos analisar uma temática, inserida na obra "Revista Espírita", de Allan Kardec que nos ajuda a melhor conhecer a fatalidade dos acontecimentos materiais e os pressentimentos.
"1. ─ Quando um perigo iminente ameaça alguém, é um Espírito que dirige o perigo e, quando dele escapa, é outro Espírito que o desvia?
─ Quando um Espírito se encarna, escolhe uma prova; escolhendo-a, cria-se uma espécie de destino que não pode conjurar, desde que a ele se submeteu. Falo das provas físicas. Conservando seu livre-arbítrio sobre o bem e o mal, o Espírito é sempre livre de suportar ou rejeitar a prova. Vendo-o fraquejar, um bom Espírito pode vir em seu auxílio, mas não pode influir sobre ele de modo a dominar sua vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe e exagerando o perigo físico, pode abalá-lo e apavorá-lo, mas nem por isso a vontade do Espírito encarnado fica menos livre de qualquer entrave.
2. ─ Quando um homem está na iminência de ser vítima de um acidente, parece-me que o livre-arbítrio nada vale. Pergunto, pois, se é um mau Espírito que provoca tal acidente, do qual de algum modo é a causa e, no caso em que escape do perigo, se um bom Espírito veio em seu auxílio.
─ Os bons ou os maus Espíritos não podem sugerir senão pensamentos bons ou maus, segundo sua natureza. O acidente está marcado no destino do homem. Quando tua vida é posta em perigo, é sinal que tu mesmo o desejaste, a fim de te desviares do mal e te tornares melhor. Quando escapas ao perigo, ainda sob a influência do perigo que correste, pensas mais ou menos fortemente, conforme a ação mais ou menos forte dos bons Espíritos, em te tornares melhor. Sobrevindo um mau Espírito (e digo mau subentendendo o mal que nele ainda existe), pensas que igualmente escaparás a outros perigos e novamente te entregarás às tuas paixões desenfreadas.
3. ─ A fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida seria, então, um efeito de nosso livre-arbítrio?
─ Tu mesmo escolheste a tua prova; quanto mais rude for e melhor a suportares, tanto mais te elevas. Os que passam a vida na abundância e na felicidade humana são Espíritos fracos, que ficam estacionários. Assim, o número dos infortunados ultrapassa de muito o dos felizes deste mundo, de vez que em geral os Espíritos escolhem a prova que lhes dê mais frutos. Eles veem muito bem a futilidade de vossas grandezas e de vossos prazeres. Além disto, mesmo a vida mais feliz é sempre agitada, sempre perturbada, mesmo quando não o seja por meio da dor.
4. ─ Compreendemos perfeitamente esta doutrina, mas isto não explica se certos Espíritos têm uma ação direta sobre a causa material do acidente. Suponhamos que no momento em que um homem passa por uma ponte, a ponte desmorona. Quem levou o homem a passar por essa ponte?
─ Quando um homem passa por uma ponte que deve cair não é um Espírito que o impele. É o instinto de seu destino que o leva para ela.
5. ─ Quem faz a ponte desmoronar?
─ As circunstâncias naturais. A matéria tem em si as causas da destruição. No caso vertente, se o Espírito tiver necessidade de recorrer a um elemento estranho à sua natureza para mover as forças materiais, recorrerá de preferência à intuição espiritual. Assim, devendo desmoronar aquela ponte, tendo a água desajustado as pedras que a compõem ou a ferrugem roído as correntes que a sustentam, o Espírito, digamos, insinuará ao homem que passe por essa ponte, em vez de romper uma outra no momento em que ele passa. Aliás, tendes uma prova material do que digo: seja qual for o acidente, ocorre sempre naturalmente, isto é, as causas se ligam uma às outras e o produzem insensivelmente.
6. ─ Tomemos outro caso, em que a destruição da matéria não seja a causa do acidente. Um homem mal-intencionado dá-me um tiro; a bala apenas passa de raspão. Teria sido desviada por um bondoso Espírito?
─ Não.
7. ─ Podem os Espíritos advertir-nos diretamente de um perigo? Eis um fato que parece confirmá-lo: Uma senhora sai de casa e segue pela avenida. Uma voz íntima lhe diz: Volta para casa. Ela vacila. A mesma voz faz-se ouvir várias vezes. Então ela volta, mas, refazendo-se, exclama: Mas... que vim fazer em casa? Vou sair mesmo. Sem dúvida isto é efeito de minha imaginação. Então retoma o caminho. Dados alguns passos, uma viga que tiravam de uma casa bate-lhe na cabeça e ela cai desacordada. Que voz era aquela? Não era um pressentimento do que lhe ia acontecer?
─ Era o instinto. Aliás, nenhum pressentimento tem essas características: são sempre vagos.
8. ─ Que entendeis por voz do instinto?
─ Entendo que, antes de encarnar-se, o Espírito tem conhecimento de todas as fases de sua existência. Quando essas fases têm um caráter essencial, ele conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo e tal impressão, despertando ao aproximar-se o instante, torna-se pressentimento.
NOTA: As explicações acima se referem à fatalidade dos acontecimentos materiais. A fatalidade moral é tratada de maneira completa em O Livro dos Espíritos."
"Revista Espírita", Allan Kardec - Março de 1858

terça-feira, 6 de julho de 2021

DEUS JÁ ALTEROU AS SUAS LEIS?

DEUS JÁ ALTEROU AS SUAS LEIS?

A resposta a esta questão é-nos trazida por Allan Kardec, na obra "O Livro dos Espíritos".
"616. Será possível que Deus em certa época haja prescrito aos homens o que noutra época lhes proibiu?"
“ - Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por imperfeitas. As de Deus, essas são perfeitas. A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.”

segunda-feira, 5 de julho de 2021

QUAL É O NOSSO PRIMEIRO DIREITO?

QUAL É O NOSSO PRIMEIRO DIREITO?

Todos temos deveres, mas também direitos. Alguns deles dizem respeito a cada período de existência física, pois é à vida material que dizem respeito e variam, consoante os múltiplos aspetos com cada um desses períodos relacionados. Contudo, acima destes, tem o homem os seus direitos naturais, sendo o de viver o primeiro destes.
Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec fala-nos no primeiro de todos os direitos: o direito de viver.
Mas vai mais longe, advertindo-nos de que, em face deste, ninguém tem o direito de atentar contra outras vidas, não se referindo apenas ao homicídio direto, em si, mas também a tudo o que possa comprometer a existência física de alguém, seja por atos ou omissões:
"880. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?"
“ - O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a
existência corporal.”

domingo, 4 de julho de 2021

MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS E MEDIUNIDADE DE EFEITOS INTELIGENTES: QUAL A DIFERENÇA?

MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS E MEDIUNIDADE DE EFEITOS INTELIGENTES: QUAL A DIFERENÇA?

Quais são as características de cada um dos dois géneros de mediunidade?
Vejamos em "O Que é o Espiritismo", de Allan Kardec.
"34. As manifestações dos Espíritos são de duas naturezas: efeitos físicos e comunicações inteligentes.
Os primeiros são os fenômenos materiais ostensivos, tais como os movimentos, ruídos, transportes de objetos etc.; os outros consistem na troca regular de pensamentos por meio de sinais, da palavra e, principalmente, da escrita.
35. As comunicações que recebemos dos Espíritos podem ser boas ou más, justas ou falsas, profundas ou frívolas, consoante a natureza dos que se manifestam. Os que dão provas de sabedoria e erudição, são Espíritos adiantados no caminho do progresso; os que se mostram ignorantes e maus, são os ainda atrasados, mas que com o tempo hão de progredir.
Os Espíritos só podem responder sobre aquilo que sabem, segundo o seu estado de adiantamento, e ainda dentro dos limites do que lhes é permitido dizer-nos, porque há coisas que eles não devem revelar, por não ser ainda dado ao homem tudo conhecer.
36. Da diversidade de qualidades e aptidões dos Espíritos, resulta que não basta dirigirmo-nos a um Espírito qualquer para obtermos uma resposta segura a qualquer questão; porque, acerca de muitas coisas, ele não nos pode dar mais que a sua opinião pessoal, a qual pode ser justa ou errônea. Se ele é prudente, não deixará de confessar sua ignorância sobre o que não conhece; se é frívolo ou mentiroso, responderá de qualquer forma, sem se importar com a verdade; se é orgulhoso, apresentará suas ideias como verdades absolutas.
É por isso que João, o Evangelista, diz:
“Não creias em todos os Espíritos, mas examinai se eles são de Deus.”
A experiência demonstra a sabedoria desse conselho. Há imprudência e leviandade em aceitar sem exame tudo o que vem dos Espíritos. É de necessidade que bem conheçamos o caráter daqueles que estão em relação conosco. (Ver O Livro dos Médiuns, item 267.)
37. Reconhece-se a qualidade dos Espíritos por sua linguagem; a dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica e isenta de contradições; nela se respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a mais pura moral; ela é concisa e despida de redundâncias. Na dos Espíritos inferiores, ignorantes ou orgulhosos, o vácuo das ideias é quase sempre preenchido pela abundância de palavras.
Todo pensamento evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda manifestação de malevolência, de presunção ou arrogância, são sinais incontestáveis da inferioridade dos Espíritos.
38. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes; seu horizonte moral é limitado, perspicácia restrita; eles não têm das coisas senão uma ideia muitas vezes falsa e incompleta, e, além disso, conservam-se ainda sob o império dos prejuízos terrestres, que eles tomam, às vezes, por verdades; por isso, são incapazes de resolver certas questões. E podem induzir-nos em erro, voluntária ou involuntariamente, sobre aquilo que nem eles mesmos compreendem.
39. Os Espíritos inferiores não são todos, por isso, essencialmente maus; alguns há que são apenas ignorantes e levianos; outros pilhéricos, espirituosos e divertidos, sabendo manejar a sátira fina e mordaz. Ao lado desses encontram-se, no mundo espiritual, como na Terra, todos os gêneros de perversidade e todos os graus de superioridade intelectual e moral.
40. Os Espíritos superiores não se ocupam senão de comunicações inteligentes que nos instruam; as manifestações físicas ou puramente materiais são, mais especialmente, obra dos Espíritos inferiores, vulgarmente designados sob o nome de Espíritos batedores, como, entre nós, as provas de grande força são executadas por saltimbancos, e não por sábios.
41. Devemos sempre estar calmos e concentrados, quando entrarmos em comunicação com os Espíritos; nunca se deve perder de vista que eles são as almas dos homens e que é inconveniente fazer deles passatempo ou pretexto de divertimentos. Se lhes respeitamos os despojos mortais, maior respeito ainda nos devem merecer como Espíritos.
As reuniões frívolas, sem objetivo sério, faltam a um dever; os que as compõem esquecem-se de que, de um momento para outro, podem entrar no mundo dos Espíritos, e não ficarão satisfeitos se os tratarem com pouca atenção.
42. Outro ponto igualmente essencial a considerar é que os Espíritos são livres e só se comunicam quando querem, com quem lhes convém e quando as suas ocupações lho permitem; não estão às ordens e à mercê dos caprichos de quem quer que seja; a ninguém é dado fazê-los manifestar-se quando não o queiram, nem dizer o que desejem calar; de sorte que ninguém pode afirmar que tal Espírito há de responder ao seu apelo em dado momento, ou que há de responder a tal ou tal pergunta que se lhe dirigir.
Asseverar o contrário é demonstrar ignorância dos princípios mais elementares do Espiritismo. Só o charlatanismo tem fontes infalíveis.
43. Os Espíritos são atraídos pela simpatia, semelhança de gostos, caracteres e intenção dos que desejam a sua presença.
Os Espíritos superiores não vão às reuniões fúteis, como um sábio da Terra não vai a uma assembleia de rapazes levianos. O simples bom senso nos diz que isso não pode ser de outro modo; se acaso, porém, eles aí se mostram algumas vezes, é somente com o fim de dar um conselho salutar, combater os vícios, reconduzir ao bom caminho os que dele se iam afastando; então, se não forem atendidos, retiram-se.
Forma juízo completamente errôneo aquele que crê que Espíritos sérios se prestem a responder a futilidades, a questões ociosas em que se lhes manifeste pouca afeição, falta de respeito e nenhum desejo de se instruir; e ainda menos que eles venham dar-se em espetáculo para desfastio dos curiosos. Vivos, eles não o fariam; mortos, também o não fazem.
44. A frivolidade das reuniões dá como resultado atrair os Espíritos levianos que só procuram ocasião de enganar e mistificar.
Pelo mesmo motivo que os homens graves e sérios não comparecem às assembleias de medíocre importância, os Espíritos sérios só comparecem às reuniões sérias, que têm por fim, não a curiosidade, porém, a instrução.
É nessas assembleias que os Espíritos superiores dão ensinamentos.
45. Do que precede, resulta que toda reunião espírita, para ser proveitosa, deve, como condição primacial, ser séria, em recolhimento, devendo aí proceder-se com respeito, religiosidade e dignamente, se se quer obter o concurso habitual dos bons Espíritos.
Convém não esquecer que se esses mesmos Espíritos aí se tivessem apresentado, quando encarnados, ter-se-ia com eles todas as considerações, a que depois de desencarnados têm ainda mais direito.
46. Em vão se alega a utilidade de certas experiências curiosas, frívolas e divertidas, para convencer os incrédulos; é a um resultado contrário que se chega. O incrédulo, já propenso a escarnecer das mais sagradas crenças, não pode ver uma coisa séria naquilo de que se zomba, nem pode respeitar o que lhe não é apresentado de modo respeitável; por isso, retira-se sempre com má impressão das reuniões fúteis e levianas, onde não encontra ordem, gravidade e recolhimento. O que, sobretudo, pode convencê-lo, é a prova da presença de seres cuja memória lhe é cara; é diante de suas palavras graves e solenes, de suas revelações íntimas, que o vemos comover -se e empalidecer.
Mas pelo fato mesmo de ele ter respeito, veneração e amor à pessoa cuja alma se lhe apresenta, fica chocado e escandalizado ao vê-la mostrar-se em uma assembleia irreverente, no meio de mesas que dançam e das gatimonhas dos Espíritos brincalhões; incrédulo como é, sua consciência repele essa aliança do sério com o ridículo, do religioso com o profano; por isso tacha tudo de charlatanismo e, muitas vezes, sai menos convicto do que entrou.
As reuniões dessa natureza fazem sempre mais mal que bem, porque afastam da Doutrina maior número de pessoas do que atraem; além de que, prestam-se à crítica dos detratores, que assim acham fundados motivos para zombarias.
47. Erra quem considera brinquedo as manifestações físicas; se não têm a importância do ensino filosófico, têm sua utilidade do ponto de vista dos fenômenos, pois que são o alfabeto da ciência, da qual deram a chave. Ainda que menos necessárias hoje, elas ainda concorrem para a convicção de algumas pessoas.
De nenhum modo, porém, são elas incompatíveis com a ordem e a decência que deve haver nessas reuniões experimentais; se sempre as praticassem convenientemente, convenceriam com mais facilidade e produziriam, a todos os respeitos, muito melhores resultados.
48. Certas pessoas fazem uma ideia muito falsa das evocações; algumas creem que elas consistem em fazer sair da tumba os mortos, com todo o aparato lúgubre. O pouco que a respeito temos dito deverá dissipar tal erro. É só nos romances, nos contos fantásticos de almas do outro mundo e no teatro que aparecem os mortos descarnados, saindo dos sepulcros, envoltos em sudário e fazendo chocalhar os ossos. O Espiritismo, que nunca fez milagres, não produz este e jamais pretendeu fazer reviver um corpo morto.
Quando o corpo está na tumba, não sairá mais dela; porém, o ser espiritual, fluídico e inteligente, aí não se acha com esse grosseiro invólucro, do qual se separou no momento da morte, e, uma vez operada essa separação, nada mais há de comum entre eles.
49. A crítica malévola representou as comunicações espíritas como mescladas pelas práticas ridículas e supersticiosas da magia e da nigromancia; se esses homens que falam do Espiritismo, sem conhecê-lo, se dessem ao trabalho de estudá-lo, teriam poupado esses desperdícios de imaginação, que só servem para provar sua ignorância ou má vontade."
"O Que é o Espiritismo", Allan Kardec

sábado, 3 de julho de 2021

QUESTÕES SOBRE AS APARIÇÕES DOS ESPÍRITOS

QUESTÕES SOBRE AS APARIÇÕES DOS ESPÍRITOS

A obra "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, elucida-nos em torno de várias temáticas ligadas à mediunidade.
Hoje, trazemos várias questões relacionadas com as aparições dos Espíritos.
"100. De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes, sem contestação possível, são aquelas por meio das quais os Espíritos se tornam visíveis. Pela explicação deste fenômeno se verá que ele não é mais sobrenatural do que os outros. Vamos apresentar primeiramente as respostas que os Espíritos deram acerca do assunto:
1ª Podem os Espíritos tornar-se visíveis?
“Podem, sobretudo, durante o sono. Entretanto algumas pessoas os veem quando acordadas, porém, isso é mais raro.”
Nota. Enquanto o corpo repousa, o Espírito se desprende dos laços materiais; fica mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos, entrando com eles em comunicação. O sonho não é senão a recordação desse estado. Quando de nada nos lembramos, diz-se que não sonhamos, mas, nem por isso a alma deixou de ver e de gozar da sua liberdade. Aqui nos ocupamos especialmente com as aparições no estado de vigília[1].
2ª Pertencem mais a uma categoria do que a outra os Espíritos que se manifestam fazendo-se visíveis?
“Não; podem pertencer a todas as classes, assim às mais elevadas, como as mais inferiores.”
3ª A todos os Espíritos é dado manifestarem-se visivelmente?
“Todos o podem; mas, nem sempre têm permissão para fazê-lo, ou o querem.”
4ª Que fim objetivam os Espíritos que se manifestam visivelmente?
“Isso depende; de acordo com as suas naturezas, o fim pode ser bom, ou mau.”
5ª Como lhes pode ser permitido manifestar-se, quando para mau fim?
“Nesse caso é para experimentar os a quem eles aparecem. Pode ser má a intenção do Espírito e bom o resultado.”
6ª Qual pode ser o fim que tem em vista o Espírito que se torna visível com má intenção?
“Amedrontar e muitas vezes vingar-se.”
a) Que visam os que vêm com boa intenção?
“Consolar as pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e estão perto delas; dar conselhos e, algumas vezes, pedir para si mesmos assistência.”
7ª Que inconveniente haveria em ser permanente e geral entre os homens a possibilidade de verem os Espíritos? Não seria esse um meio de tirar a dúvida aos mais incrédulos?
“Estando o homem constantemente cercado de Espíritos, o vê-los a todos os instantes o perturbaria, embaraçar-lhe-ia os atos e tirar-lhe-ia a iniciativa na maioria dos casos, ao passo que, julgando-se só, ele age mais livremente. Quanto aos incrédulos, de muitos meios dispõem para se convencerem, se desses meios quiserem aproveitar-se e não estiverem cegos pelo orgulho. Sabes muito bem existirem pessoas que hão visto e que nem por isso creem, pois dizem que são ilusões. Com esses não te preocupes; deles se encarrega Deus.”
Nota. Tantos inconvenientes haveria em vermos constantemente os Espíritos, como em vermos o ar que nos cerca e as miríades de animais microscópicos que sobre nós e em torno de nós pululam. Donde devemos concluir que o que Deus faz é bem-feito e que Ele sabe melhor do que nós o que nos convém.
8ª Uma vez que há inconveniente em vermos os Espíritos, por que, em certos casos, é isso permitido?
“Para dar ao homem uma prova de que nem tudo morre com o corpo, que a alma conserva a sua individualidade após a morte. A visão passageira basta para essa prova e para atestar a presença de amigos ao vosso lado e não oferece os inconvenientes da visão constante.”
9ª Nos mundos mais adiantados que o nosso, os Espíritos são vistos com mais frequência do que entre nós?
“Quanto mais o homem se aproxima da natureza espiritual, tanto mais facilmente se põe em comunicação com os Espíritos. A grosseria do vosso envoltório é que dificulta e torna rara a percepção dos seres etéreos.”
10ª Será racional assustarmo-nos com a aparição de um Espírito?
“Quem refletir deverá compreender que um Espírito, qualquer que seja, é menos perigoso do que um vivo. Demais, podendo os Espíritos, como podem, ir a toda parte, não se faz preciso que uma pessoa os veja para saber que alguns estão a seu lado. O Espírito que queira causar dano pode fazê-lo, e até com mais segurança, sem se dar a ver. Ele não é perigoso pelo fato de ser Espírito, mas, sim, pela influência que pode exercer sobre o homem, desviando-o do bem e impelindo-o ao mal.”
Nota. As pessoas que, quando se acham na solidão ou na obscuridade, se enchem de medo raramente se apercebem da causa de seus pavores. Não seriam capazes de dizer de que é que têm medo. Muito mais deveriam temer o encontro com homens do que com Espíritos, porquanto um malfeitor é bem mais perigoso quando vivo, do que depois de morto. Uma senhora do nosso conhecimento teve uma noite, em seu quarto, uma aparição tão bem caracterizada, que ela julgou estar em sua presença uma pessoa e a sua primeira sensação foi de terror. Certificada de que não havia pessoa alguma, disse: “Parece que é apenas um Espírito; posso dormir tranquila.”
"O Livro dos Médiuns", Allan Kardec